terça-feira, 27 de maio de 2008




Semana passada tive o privilégio de fazer uma viagem de trem, saindo de Curitiba e indo até a cidade de Morretes, no litoral do lindo Estado do Paraná, saímos da Estação Central, atravessamos o perímetro urbano de Curitiba e Pinhais, saímos em Piraquara, terra dos mananciais de água, lugar com muito verde, sente-se aquele aroma do campo, beleza né? Não... Além de muita água, muito verde encontrei também muita sujeira, sacos de lixo abertos e jogados no mato, eletrodomésticos, sapatos, etc. Encontrei vários tipos de objetos, mas o que mais me deixou perplexo foi ver as valetas a céu aberto, nas regiões próximas a capital não é admissível que não haja saneamento básico, onde está o dinheiro dos impostos? No bolso de alguém, provavelmente, mas continuamos a viagem, é claro, pois o trem não pára, e começou a parte boa da viagem, paisagens lindas, nos ajuda a contemplar como é linda a natureza e como é importante preservar o meio ambiente, cachoeiras, abismos, florestas, animais, coisas que eu pensei que nunca veria, também nos ajuda a perceber como o homem é inteligente e, quando quer, trabalha junto com a natureza, imensas arquiteturas realizadas sem tocar em uma folha de árvore, realizada para poder passar o trem, coisas realmente lindas... Foram 2:30 de lindas paisagens, e quando chegamos a Morretes, mais uma aula, cidade onde todos andam de bicicleta, poucos carros se vê na cidade, muitas "bikes" e todas pareciam em câmera lenta, tranquilos, curtindo o vento no rosto, naquele calor de litoral, como toda viagem a Morretes, não faltou o barreado, prato típico da região, é basicamente miúdos de porco, boi e uma outra carne que não lembro, misturados com farinha de goma, tem que misturar os dois até que chegue ao ponto em que você vira o prato de cabeça pra baixo e o barreado permanece intacto no fundo do prato... È gostoso? è... mas parece cimento, caiu no estômago derruba mesmo, e eu caí... Dormi literalmente no banco da praça onde corta o rio Nhundiaquara, dormi por uma hora até acordar e ir pra praça provar um sorvete e esperar o trem, vida simples... e gostosa, na volta eu não sei o que aconteceu porque dormi a viagem toda, quando chegamos fui obrigado a voltar á realidade e pegar um ônibus lotado, gente espremida...


O que falta ao povo não são bons governantes, pois isso é uma consequencia, o que falta é consciencia e bom senso, falta saber que cada lixo que jogamos na natureza é um ano a mais de vida que estamos tirando de nossos filhos e netos, cada país têm os governantes que merece e nós temos exatamente o que merecemos... Vamos preservar...

5 comentários:

Colombo disse...

Fiquei até com inveja de você, tenho muita vontade de fazer um passeio desse, de trem, pela natureza. E quanto a sujeira, acho um absurdo, as vezes vou em uma cachoeira aqui perto, linda, mas as pessoas jogam muito lixo, as partes de fácil acesso ficam cheias de garrafas, plásticos e outras coisas :/

Anônimo disse...

Essa viagem de trem é muito boa mas é bem cansativa! Vale a pena, as vistas são lindas! Passou a mão na ponte? Dizem que se vc encostar na ponte vc terá 10 anos de riqueza! Quem ainda não fez esse passeio, programe-se, pegue a família toda e vá! Vc não vai se arrepender!

Anônimo disse...

Realmente essa é uma viagem que vale a penas, desde a saída de Curitiba, passando pelo barreado de Morretes e suas tradições.
curitibano que sew preze DEVE fazer essa viagem PELO MENOS uma vez na vida.

Nada como conhecer o véu da noiva e rezar abaixo de Nossa Senhora do Cadeado

Anônimo disse...

O grande problema de valetas a céu aberto na região metropolitana ocorre infelizmente a falta de consciência da população que ainda insiste em viver no "século XVIII" abrindo redes clandestinas de esgosto não pagando assim a taxa básaca de tratamento.
Pedro Luiz Fuentes Dias, grande professor e membro do IAP nos dizia em 2003 que O rio Belém em Curitiba seria límpido não fossem as redes clandestinas.
Curitiba e RM possui 99% da área com tratamento de esgoto, não sendo utilizada pela população carente devido ao custo.

O problema é educacional, ou a falta de educaçao/conhecimento e maiores perpectivas de vencimentos mais coerentes a necessidade do cidadão.

Unknown disse...

Infelizmente essa é uma realidade não só da capital, mas de todas as cidades do nosso país. Falta o mais importante p/ o ser humano: a consciência. Muitas pessoas são do tipo "faça o que eu digo não faça o que faço", falta um pouco mais de ação e menos discurso.